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Tente, confesso, fiz de tudo.

Queria tirá-la do cabeça
Com sucesso? Não.
É que eu havia me esquecido,
Por ser tão distraido:
Que você estava no meu coração!

 

 

DESISTO - Lucas Eugênio

 

Desisto de desistir,

mais uma vez.

Chega, basta, vou insistir

Foi só uma ilusão que se desfez.

Minha estrada termina

Sonhos morrem, mas a vida corre.

Afinal, a flor germina

quando a semente morre

Do fim que poderia ser

Vem à existência dessa forma.

O que pode ou poderia me deter

Se tudo se transforma?

De cada pedra, de cada espinho...

De cada não, faço minha nova historia.

Pois vem da água o meu vinho

Da minha fé, minha vitória.

 

SINCERAMENTE - LUCAS EUGÊNIO
A ÁRVORE E EU - Lucas Eugênio
Pela janela do meu quarto eu vi a árvore.
Um simples e frágil arbusto, plantado no chão de terra batida.
Eu era um menino.
O arbusto cresceu, se fez árvore.
Sob severas tempestades ela passou, sobreviveu.
Encurvou-se, algumas vezes, fortaleceu-se.
Despida foi, pelo vento, nua, tímida, parecia ficar.
Resistia
e começava de novo, num interminável ciclo natural.
Fortalecida, às vezes, entendo romanticamente, que ela com seus galhos, batia na vidraça para me acordar para que eu visse o sol nascer.
Pela janela do meu quarto, ela vê meu entardecer, meu obscurecer.
Ela aguarda a primavera para recompor seu manto verde.
Eu, meu inverno chegar, e o vento bater e fechar minhas janelas.
Pela vidraça da janela a árvore encurva-se para me ver.

 

 

 

Poema: Reconhecimento
Lucas Eugênio

 

O que é terra, gente, tempo estranhos para nós, para Deus são meios. Os meios de nos fazer chegar ao propósito inicial. Este interrompido por nossas interferências, indiferenças e por nossa independência nas decisões, e até receios. Mas, Ele é firme em seus planos e vontade em nos fazer recomeçar de onde achamos que era o final. O Pai vê nossos erros e atrapalhadas, mas vê também nossas lutas e desejo de acertar. O homem não compreende, critica, acusa, abandona; lava as mãos. O certo é que Deus tem seus caminhos, mas altos do que os nossos, e neles nos põe a (re) caminhar. Insiste conosco, nos fazendo entender que um sim dEle, é definitivo e mais importante, que da vida, os nãos

EU SOBREVIVO: ( Lucas Eugênio)
Eu sobrevivo, vivendo, vendo, vindo, indo sem parar. Sobrevivo, visando, viajando, vencendo a falta que você me faz. Sobrevivo aos ataques, as atitudes, através das trilhas indesejadas ou não. Sobrevivo, ao esperado fim, assim, sim, sem esperar mais. Sobrevivo ausência, a impaciência, a demência, capaz de me fazer incapaz. Sobrevivo, para ser, para ter, para ver no que vai dar essa desilusão. Sobrevivo por fé, por raiva, por teimosia, instinto, mas sobrevivo. Sobrevivo aos que não querem, não podem, não fazem, não são nada. Aos que me deixam, me esquecem, desprezam o fato de eu estar, ainda, vivo. Subindo ou descendo, amparado ou solto, porque eu tenho uma coisa que é minha: A estrada!
Desejo - Lucas Eugênio

Há uma poesia dentro de mim.
Resiste, insiste querendo ser. Mas luto, reluto para que ela não seja.
O que nela contém é a verdade que ( de ti) estou a esconder:
O amor (por ti) é um hóspede que eu nâo quero e a poesia deseja.
( lucas eugenio)
 

 

À você...que é isto

À você que NÃO  foge, que fica,

que transpira fé e esperança.

Você que vive seu sonho,

que transpõe seus abismos...

Você que sobra, quando todos faltam.

É Presença , em meio à tantas ausências.

Acerto; depois de tantos equívocos.

Você que é isso; pois nunca aceitou ser aquilo;

um rascunho de gente,

que nunca se fez inteira.  

Você que NÃO foge,

não se move.

Que não se influencia pelo misto pessimista...

Meu respeito...

Lucas Eugênio

 

 

 

Sou sombra da núvem

que pensou ser na eternidade o céu

Sou poça d' água do rio

que um dia almejou ser mar

 

Lucas Eugênio

 

 

 

 ANÚNCIO DE ENTARDECER

  Procura-se um sonho...

  Quem o encontrar,  

Diz a ele que o perdoo por tudo.  

Que o meu peito, em cicatrizes,

É hoje até mais bonito que antes.

 

SEM NADA A DIZER...

...VOCÊ SE FOI,

ME DEIXANDO MUDO;

AS MAÕS PARADAS

SOBRE O MOUSE. 

O QUE EU LHE DIRIA,

VOCÊ NÃO SABERÁ,

NÃO TEM SENTIDO.

SERIA UMA

MANIFESTAÇÃO

VERBAL JOGADA

AO LÉU. VOARIA,

VOARIA COMO UM

TRISTE PÁSSARO,

SEM GALHOS,

SEM TELHADO,

SEM NADA PARA POUSAR.

SEM SEU CORAÇÃO,

EU SOU

UM SOLITÁRIO

VIAJANTE QUE VAI,

MAS SEM LUGAR

ALGUM PARA CHEGAR...


Áh...Ia me esquecendo...

Sinto tua falta...

QUERO ESTAR COM VOCÊ... Lucas Eugênio

Que estar com você quando as

nuvens escuras cobrirem teu sol.

 

Quando o dia amanhecer nublado;

e a manhã não parecer desperta.

 

Quando as estrelas sumirem no céu;  

por névoas cobertas.

 

E o horizonte perder o vermelho

do lindo arrebol.

 

Quero estar com você;

quando o vento cortante;

provocar-te tremores.

 

Para dar-te no meu colo;

e o calor dos meus beijos.

 

Trazer-te com carinho nos meus braços;

ao nosso ninho, forrado de desejos.

 

.Quero estar ao teu lado, com este amor...

que da paixão se alimenta.

 

Quando enfim enxergares;

que não foi fim, e sim, uma breve ausência.

 

Que em outro, nem um e nem o outro caberá;

fomos feito sob medida certa.

 

E, portanto, cedas ao encanto;

e vivamos outros anos tantos;

 

nesse dom de amar

Que Deus nos apresenta

 
 

 



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VERSÁRIO - 8 - Quebradas Taças

VERSÁRIO - 8 - Quebradas Taças

 

E MAIS: GOLIANÍSMO
QUEBRADAS TAÇAS - Lucas Eugênio
Queria não precisar dizer: Preciso
Pois ao dizer me arrisco a receber o pior de alguém
Um não, a indiferença, o esquecimento, o riso
E descobrir que sou o que penso: Ninguém
Queria não precisar da vaga lembrança que vem
E dizer-te, amigo, olha; lembra-se daquela vez?
Quando te olhavam com desconforto e desdém
De todo ardor de teus olhos, que a última lágrima fez
Deixas-me tão longe, perdido no deserto esquecido
E negas a mão, a cansada mão de afeto passado, e o alento
Que se perdeu na lembrança o abraço aquecido
Deste a presença é pálida, apagada, levada pelo vento
Deixas um peito ferido, misturado com restos
A memória que trai, abandona, nos joga as traças
Ferem-me na alma. Do chão vem meus protestos
Com profundos e visíveis cortes das quebradas taças
 
 
 
 Golianísmo  - Lucas Eugênio                                           

 

O que nos derruba?

Não são as milhares pedras que nos atiram - e até nos acertam - pela vida.

Mas, sim:

Quando nos fazemos alvos.

Quando entramos em batalhas movidos por nossas conquistas pretéritas:

Quando nos sentimos inatingíveis...

A área de combate é um campo de surpresas; esquecemos.

Quando desvalorizamos ou menosprezamos a vida.

Quando brincamos com Deus, de deus ou somos deuses de nós mesmos!

Ao confiarmos em nossas armas e em nossas forças.

No que pensamos que nos tornamos: Grandes - por minimizarmos fatos ou pessoas.!

Quando superestimamos à nós mesmos.

Quando desafiamos nossos limites e provocamos a vida.

É isso:

A queda vem pela pedra da autoconfiança.